Vista à Fundação Eça de Queiroz e Mosteiro de Santo André de Ancede

No dia 10 de julho saímos em direção ao concelho de Baião, mais propriamente para Santa Cruz do Douro e Ancede.

O período da manhã ocupámo-lo na visita à Casa de Tormes, uma pitoresca propriedade perdida nas encostas do Douro, cuja casa alberga uma grande parte do espólio pessoal de Eça de Queiroz, trazido de Neully, onde faleceu, além de alguns objetos citados na sua obra A Cidade e as Serras, como a cadeira de Jacinto ou a mesa onde comeu a canja de galinha com fígado e moelas, o arroz de favas e a galinha dourada.

Depois de um reconfortante e agradável almoço saímos para visitar o Mosteiro de Ancede, integrado na Rota do Românico, que preencheu todo o resto da tarde.

Aqui tivemos oportunidade de visitar a primeira exposição do ciclo “Ver do Bago nos Mosteiros”, que evidencia a importância que a cultura da vinha e o consumo do vinho tiveram na vida destas gentes. As seguintes realizar-se-ão em Penafiel e Lousada.

Sempre acompanhados do guia visitamos em primeiro lugar uma exposição de arte sacra, na “casa da Hospedaria e na “Casa dos Moços”, magníficos e valiosos objetos doados ao Município pelo colecionador, Dr. António Miranda.

Seguiu-se o Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho. De notar que, desde a época medieval que o vinho produzido no couto do mosteiro era comercializado para a cidade do Porto, integrando os circuitos comerciais do rio Douro.

Por último, foi-nos dado a conhecer, a alguns, e rever, a outros, a capela barroca do Senhor do Bom Despacho, que data da primeira metade do século XVIII e que integra o conjunto arquitetónico do Mosteiro de Santo André de Ancede.

Virgília Braga da Costa

10 julho 2021